A Célula que Alimenta

Conta-se, ainda, com a preciosa colaboração dos professores dos conselhos de turma, através das quais se dinamizará o projecto numa perspectiva de transversalidade, que irá abranger todas as áreas disciplinares e não disciplinares do Currículo do 2º ciclo, em que o ovo passa a ser objecto de estudo sob duas perspectivas: como alimento, fonte de nutrientes, e como célula, que irá dar origem a outro ser. Deste modo, far-se-á um estudo da utilização do ovo ao longo do tempo na culinária, dando ênfase às transformações físicas e químicas que ocorrem durante esse processo, bem como da sua industrialização/comercialização. Relativamente ao estudo do ovo como célula, tentar-se-á fazer a observação de algumas fases do desenvolvimento embrionário de várias espécies (aves, répteis e peixes).

A relevância do projecto prende-se com o forte contributo que pretende dar para o desenvolvimento da consciência ambiental dos alunos, principalmente ao nível da protecção e preservação dos animais. Esta consciência ambiental sai fortemente reforçada com as parcerias estabelecidas, em que o modo de incubação e eclosão das espécies poderá ser acompanhado/visionado através de diversos processos de recolha e tratamento de imagem. Esta preocupação prende-se com a recusa por parte da equipa dinamizadora do projecto em aceitar a tradicional abertura dos ovos como principal método de observação/estudo do desenvolvimento embrionário. Este é amplamente utilizado e aparece como inquestionável, dentro e fora do meio escolar.

"A Célula que Alimenta" é um projecto que está a ser desenvolvido na Escola Serra da Gardunha, sob a coordenação da Prof. Maria João Ramos e no âmbito do projecto maior "Ciência sobre Rodas". Conta já com parcerias de peso, nacionais e internacionais, como a da Universidade de Aveiro e dois centros de reprodução animal: a Maternidade de Crocodilos, sedeada em Moçambique, e o Viveiro de Trutas de Manteigas. Além destas parcerias, já confirmadas, conta-se com a participação de colaboradores a título individual, como a Prof. Eugénia Andrade e o técnico de radiologia André Leal.

O projecto vai ter uma equipa central, que fará a articulação entre o trabalho desenvolvido nas escolas e as entidades parceiras, sendo ela constituída pelas pessoas supracitadas.